quinta-feira, julho 8

Coisas de capuz

Relembro estas palavras - não necessariamente estas exactas ou mesmo a origem; apenas a ideia -, umas vezes conscientemente, outras vezes nem tanto, e, regularmente, tentando que outros as possam e se esforcem por interiorizá-las. Obviamente que estas, em concreto, são sábias na simplicidade da forma com que expressam a ideia e estão reforçadas de verdade pela coerência de vida de quem as expressou.
Acho que elas dizem tudo sobre o nosso esforço pessoal em tentarmos a perfeição da dádiva aos outros, do amor universal, do desprendimento de nós próprios.
Mas, quando as ouvi há pouco, senti como elas se têm aplicado sempre e sobretudo a mim... Isto é, apesar de as ver perspectivadas mais nos outros, a lembrança delas só prova que elas se mantém ainda presentes no meu caminho, que elas se mantém pertinentes no meu esforço diário de lhes ser fiel. Por muito que nos esforcemos por as cumprir com sucesso, há sempre algo que podemos melhorar. No fundo, na nossa natural imperfeição humana estas palavras encontram sempre validade.
Poder-se-ia dizer que seria então frustrante esse esforço, mas na realidade, ao evoluirmos na verdadeira interiorização da mensagem e, consequentemente, nos resultados que ela implica nos outros ao por-mo-la em prática, o testemunho poderá gerar uma onda de reacção naqueles a quem chegamos e tudo (muito mais do que somente nós) estará muito mais perto dessa perfeição aparentemente inalcansável. É um esforço que resulta na santidade de não desistir, esse meio caminho que nos leva à eternidade... à plenitude de VIVer.

"Ó Mestre,
fazei com que eu procure mais consolar,

que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe"
S. Francisco de Assis