segunda-feira, março 5

Ensaio ao Design (V) Conclusão

Design it's not only an instrument to perform the shape of products in order to a function. There is also a emotive, sensitive, dialog interface between what it represents to us, as an extent of our body, and what he can represent from us, as a symbolic character of our soul. We can discover a lot of ourselves if we think and understand what it is beyond our choices.
Perceber que o design não é apenas um instrumento para tornar os objectos mais apelativos e, muito menos, um trunfo de marketing para incrementar as vendas, mas, acima de tudo, na sua génese, o estabelecimento de uma ligação pessoal ao utilizador, era um dos principais objectivos desta pequena reflexão. É essa a verdadeira importância do seu estudo, da sua prática, enquanto disciplina de concepção..., no entendimento que fazemos do objecto de design: o de criarmos uma relação com ele, descobrindo também um pouco da nossa personalidade em resultado dessa relação que estabelecemos com os objectos que usamos, e crescermos no conhecimento que temos de nós próprios.
O Design é, também, um exercício pessoal e colectivo que fazemos, perante as coisas e as atitudes em relação com elas. É um exercício de objectividade funcional, que estende para além de nós as nossas capacidade, os nossos atributos,... mas também de uma subjectividade figurativa, pois carrega um estilo muito próprio de interpretar essa relação, apelando aos nossos estímulos. Não se basta às formas, às cores, às texturas, mas incita-nos a ultrapassar para além da barreira física da sua função e descobrir o utilizador que é um todo sensorial, psicológico e mesmo emotivo num dado tempo e espaço.
Não se trata de uma relação afectiva por coisas mas sim numa relação instrumental que nos ajuda pessoalmente nas várias vertentes do nosso ser. Esta descoberta levar-nos-á a um conhecimento mais profundo de nós próprios, em consequência: uma estima prórpria crescente na medida dessa descoberta e a ir ao encontro daqueles objectos que nos estão mais associados rentabilizando a sua utilização - não numa perspectiva economicista, mas - numa agradabilidade e conforto que torne a sua utilização muito mais natural e identificada.
Pode-se achar que esta é uma visão romanceada da forma como lidamos com os objectos mas decerto, a nossa atenção sobre ela poder-nos-á dizer muitas coisas sobre a nossa vivência pessoal com o que nos rodeia e levar-nos a apaixonarmo-nos por nós próprios, quando sabemos o que queremos para as nossas vidas.

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