quinta-feira, fevereiro 1

Ensaio ao Design (IV) Caso de estudo


In the direct succeed line of the DS, this one, can be an excellent case study to perform the ideas presented before. In the context of the 70's, the X language inspired technology, innovation, based in a aerodynamics and those were, again, the main arguments to choose for a French designed car. The primacy get over again to the little things that could distinguish the product design based on the fine elegance or the technology sketch references... (the side mirror, alloy wheels,...). This way of thinking should be understood and reflected by each one of the users as an extension of their desires, skills, motivations,... so, an extension of the creation: our and self genesis.
Não é por ser meu... mas por isso é que é meu... o meu bólide (o "Rasteirinho") poderia ser um excelente caso para exemplificar mais aprofundadamente esta relação "de glamour" entre o design e o utilizador.
A herança ainda é maior por suceder ao revolucionário DS que foi considerado um dos dez automóveis do século XX, um produto do século por uma revista inglesa!!! e um dos 20 automóveis mais bonitos do pass
ado século.
Digamos que, neste caso, toda a filosofia sucessória do anterior modelo se mantinha presente, tracejada da mão genial de Bertoni que, mesmo sendo italiano, se converteu aos encantos da cidade luz... Paris.
















Esta é pois a continuação de uma história de linhas que se interligam entre o sentimento de um prazer sonhado e a razão exacta do sonho futuro... É um reescrever nas páginas de então, nos conceitos de então, nos 70's desse presente, um futuro visionário, tal como já havia sido transcrito nos 50's, com esse iniciador da tal «marca nitidamente europeia e até mesmo, a inspiração de um design vincadamente francês, que reinterpreta nas formas, o sentimento da paixão – a paixão que se define por uma linha –, o sentido da elegância, da sobriedade do traço, muito mais do que acontece no design italiano em que a forma assume todo o protagonismo. “O DS19 é disso exemplo, com linhas futuristas exprimindo o virtuosismo da técnica e o lado inovador do veículo.”»(1)


O recontar a história, passa por trazer-lhe um cunho também pessoal, trata-se de a contextualizar na história do tempo e de a definir num culto vigente de sociedade. Mais uma vez, o design françês ataca com os trunfos de subtilidade dos pormenores, com a presença marcante da vanguarda tecnológica para a partir daí desenhar a sua visão do sonho, da beleza, da elegância, o desenho preciosista que nos faz parar por momentos na rua em contemplação demorada.
Entender a sensação de movimento transmitida pela membrana que envolve os espelhos retrovisores, ou os pilar B lateral, sentir o respirar do motor pela grelha destacada do capot como se visualizassemos o seu movimento de inspiração e expiração, conceber a presença de vácuo na convexidade exterior do vidro traseiro, imaginar a continuidade do ar ao roçar-se nas tampas das rodas traseiras, iluminarmos a nossa presença perante o fio cortante da sua frente, transportar-se pelo tempo como se as jantes rodassem o manípulo de um portal de uma falha cronológica...



Se por um lado, a forma do carro traz, dentro de si, uma mensagem dinâmica, apostando na inovação numa perspectiva da eficácia, fazendo da aerodinâmica o seu eixo principal (não só foi desenvolvido integralmente - o primeiro a fazê-lo - em túnel de vento, como também adoptou a designação específica para esse coeficiente), também na linguagem, esta atenção está presente: o X era tido como um caracter que inspirava tecnologia, vanguardismo, futuro...
Estar sentado ao volante (de um só raio) de um automóvel destes, transcende-nos as barreiras da estrada tendo, num excerpto de um breve momento, o céu como limite.
















Ir ao encontro destes pormenores, de desenho tão sublime, que nos elevam a alma para algo fora de nós, para um sentido de inexplicável afirmação, deve-nos elevar para a natureza libertadora da criação humana, não como um patrocínio egocêntrico ou antropocêntrico que nos funde em excedentarismo virtuoso, mas como uma virtude, herdada da humildade de partilhar o desafio criador, enquanto realidade física mas também psicológica e espiritual.
















Não se trata de endeusar os objectos ou espiritualizar o consumismo, mas sim de reconhecer, no prolongamento da nossa vida corpórea, que existem aspectos que podem ser estimulados, que na consciência responsável de tal relação nos podemos tornar mais singulares na atitude, perante o que nos rodeia: extensão, também, de nós mesmos enquanto seres criados.
(1) LINO, Samuel, "DSign - ícone de design" - 2006
photos: emlino.2007

Etiquetas:

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não, não me parece nada difícil de reconhecer :D
Estava a ver se o espelho do carro servia mesmo de espelho e deixava ver alguma coisa (i.e, o fotógrafo :D), mas ele desfoca mais do que a câmara do meu tlm :P
"DSign" está muito bem imaginado...

04 fevereiro, 2007 19:40  
Blogger Unknown said...

A arte de fotografar está na habilidade de o fotógrafo se dar a conhecer, ele todo, na forma como o tema que é capturado pela objectiva... Pelo ângulo, pela luz, pelo movimento,... podemo-nos aperceber da sua relação com a máquina e da sua relação com o motivo... Isto, nos bons fotógrafos, claro está!!! ;)

06 fevereiro, 2007 16:27  
Anonymous Anónimo said...

Estrada de paralelo...árvores ao fundo...e o carro acabadinho de lavar. Quanto ao fotógrafo, ténis brancos :D

06 fevereiro, 2007 22:40  
Blogger Unknown said...

Cor errada :p :)

07 fevereiro, 2007 12:04  
Anonymous Anónimo said...

Com um espelho tão pouco eficaz, também...;)
bem mas são claros...e fato de treino cinzento ou assim para aí a fugir :P :D

07 fevereiro, 2007 19:42  
Blogger Unknown said...

O espelho costuma-se usar pelo outro lado e que é que vinha para aqui a fugir? :p

08 fevereiro, 2007 14:00  

Enviar um comentário

<< Home