quarta-feira, março 1

TOP DONE

Crónicas de um cowboy solitário na segunda metade da década de 80

This Carnaval party doesn't mean many things to me. May be it's a question of personality. There are people who take it very seriously... sometimes a problem of identity, others not so. To me, wearing a "mask" (mask or characterization) it is a way to develop our criativity and the capability of joking with ourselves having an ealthy sense of funny self criticise. This year I made up a typical 80's cowboy spirit like Tom Cruise in Top Gun... didn't forget a loud romantic music... remembering my childhood times :)
Só para quem não me conhece é que será novidade saber que eu e o Carnaval nunca nos demos lá muito bem...
Não tem a ver com ideias pré concebidas, falta ou excesso de vivência na infância, ou degeneração. Simplesmente não curto andar disfarçado do que não sou ou, intercepcionalmente, encarnar um outro eu que não existe.
Talvez esteja relacionado com o facto de ter criado uma personalidade muito forte e pessoal, suficientemente mutável para que, ao longo do ano, crie naturalmente as minhas próprias defesas e identidades, isto é, fazer sobressair esta ou aquela característica de uma identidade que funciona como um todo mas é incapaz de conviver em uníssono na sua manifestação. Temos naturalmente, essa necessidade,.. umas vezes mais calados, introspectivos, atentos, observadores,.. outras mais expontâneos, empíricos, esplhafatosos,...
Não, não preciso de uma altura para me esconder atrás de uma "máscara" ou para fazer sobressair esta ou aquela faceta encoberta durante o resto do ano; seja ela, consciente ou inconsciente.
Também não me vejo crítico de tal tradição apesar de ser óbvio que se pode encontrar entre muitos, esta troca de identidade comportamental, às vezes, mesmo muito inocente, outras mesmo muito assumida e afirmada. Acho natural e até, nalguns casos, porventura numa tónica mais apetecível do que me diz respeito, uma forma criativa de nos surpreendermos a nós próprios, aos outros e à capacidade de nos rirmos de nós próprios.
Enfim, muito contra a minha vontade, mas lá arranjei uma combinação de trapos que fosse suficientemente ridícula para me fazer orgulhoso da minha criatividade.
Peguei nas minhas memórias dos finais dos anos 80 em que me divertia com LEGOS durante tardes inteiras a ouvir os sucessos românticos com que Madonna, Paula Abdul, Starship... invadiam as rádios nacionais ou nas manhãs de sábado a ver filmes alugados como TOP GUN, Academia de Policia, etc.. e revivi durante algumas horas, o espírito de cowboy solitário que me guiou durante horas e kms sobre as rodas da minha BMX.