quinta-feira, março 2

Corrente Ética

Some days ago, I read on news about an adjournment of an execution by lethal injection at L.A. The man was condemned for more than a crime which included violation of a 17 years old girl. The execution was delayed because, the medicals, that were responsible by administrating the lethal injection, refused to proceed invoking (non) ethical reasons... With this attitude, they didn't avoid the execution, but, for sure, many of the 'perfect' 'values' of the north America democracy trembled a little bit... We don't have the right to take anybody's life for any existing reason... Thank God, things start changing, for good...

Há algumas dezenas de dias atrás, num blog, alguém desabafava o seu inconformismo de nunca se lembrar das coisas que gostava de "postar", quando realmente se encontrava diante do computador. Acho que isso se passa um pouco com todos e de certa forma também comigo aconteceu (embora alguma predisposição para abordar e reflectir o assunto também tenha faltado).
Não foi há uma semana que li uma notícia que falava do adiamento de uma execução por injecção letal, em L.A., de um indíviduo acusado de violação e assassinato de uma rapariga de 17 anos. O adiamento deveu-se à recusa, por parte dos médicos que presidiam à execução da parte técnica da sentença, de levar por diante essa acção alegando razões éticas para o fazerem.
Apesar de estar consciente que não se tratou de nenhuma revolução moral (até porque as razões éticas estavam muito mais ligadas à natureza do processo em si e menos ao princípio da preservação da vida) e de que o criatura acabará por morrer às mãos de outros assistentes com uma consciência ética e moral bem mais leve, o que é certo é que se começam a agitar as águas da tão livre e democrática América; como em outras matérias, começa-se a ver que as estrelas sobre o fundo azul marinho não são afinal tão cristalinas como pareciam e turvam-se nesta malha de valores que pareciam inabaláveis.
É bom sinal. Digo eu...
Talvez esta corrente ténue comece a ganhar força e a limpar aos poucos a lama que repousa no fundo daquela sociedade, atolhada de desvalores, e outros tenham esta coragem de não se deixar ficar também atolhados ou de viver numa corrente superficial aparentemente cristalina.
Às vezes é mesmo preciso descer bem ao fundo do oceano...